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Nossas últimas novidadesComo Preparar a Arquitetura de Software para Microsserviços
As arquiteturas orientadas a serviços, comumente chamadas de SOA, podem se robustas e complexas, dependendo de suas funcionalidades, e nem sempre são a melhor opção para todos os tipos de aplicação tecnológica.
Por isso, os microsserviços, ou microservices, são fundamentais no contexto da arquitetura de software: ao decompor um aplicativo em diferentes serviços menores, eles podem deixar os protocolos mais leves e os serviços mais finos, melhorando a abordagem de uso e fazendo com que o produto final seja mais compreensível.
O grande benefício disso, claro, é desenvolver e testar com mais facilidade, diminuindo o tempo de execução de um app e permitindo que a equipe implemente melhorias capazes de escalar os serviços de forma independente. Outros benefícios diretos dos microsserviços são a possibilidade de refatoração contínua, mesmo em serviços individuais, e a entrega de implantações igualmente contínuas dentro de variadas arquiteturas.
Basicamente, microsserviços vão atuar em arquiteturas grandes, complexas e duráveis transformando esse conjunto em repartições pequenas, entendíveis e escaláveis de serviços.
Por que os microsserviços são importantes hoje?
No mundo das aplicações corporativas, vemos uma série de metodologias sendo utilizadas para que desenvolvimento, testes e implantação de soluções ocorram de maneira estruturada e eficaz. Quando as aplicações são simples, sua arquitetura é, também, simples de ser estruturada e trabalhada.
Mas, quando as aplicações são grandes e complexas, trabalhar em modo de “macro análise”, ao invés de dividir as frentes em microsserviços, pode comprometer entregas e limitar a adoção de novas tecnologias durante o processo de construção dos apps.
É aí que entra a importância da arquitetura de microsserviços: ao dividir a aplicação em conjuntos menores de serviços, as equipes passam a ter mais controle sobre o progresso do desenvolvimento e começam a compreender, de forma mais holística, onde as etapas podem ser melhoradas. Com isso, fica mais fácil adotar frameworks, tecnologias e métodos a serem aplicados em um serviço de cada vez, e não no conjunto todo.
Por outro lado, por exigir altos níveis de automação, os microsserviços também vão necessitar cuidados na constituição dos elementos das aplicações complexas, pois são eles que podem gerar problemas durante o processo. No entanto, isso não é nada que possa tornar inadequada a utilização da ferramenta para as aplicações mais complexas.
Como preparar uma arquitetura de software para os microsserviços
Muitas são as formas de preparar a arquitetura de software para os microsserviços, e a resposta certa vai depender do porte da sua aplicação e de seus objetivos com ela. Mas, a princípio, o que todas elas têm em comum é a criação de mecanismos de integração dos serviços através da implementação de novas funcionalidades para o mesmo.
Antes de começar a migração, os desenvolvedores devem identificar todos os elementos da arquitetura para refatorá-los em serviços, melhorando a cadência entre as etapas do processo e tirando o peso das aplicações do produto final.
Quem vai decidir a melhor forma de repartir a arquitetura de um software em serviços é a equipe de programação, que pode escolher os serviços por verbos, casos de uso, sinônimos, recursos ou fechamentos.
O importante é ter sempre em mente que cada serviço, em uma estrutura de microsserviços, deve ter poucas responsabilidades, para que a refatoração vire uma aliada do processo, e não um obstáculo. Para que esse objetivo seja cumprido, uma forma de abordar a arquitetura é a partir de modelagem de classes baseada no Princípio de Responsabilidade Única (Single Responsible Principle), onde cada classe só deve ter uma razão para ser modificada.
Dependendo da sua aplicação é possível definir os microsserviços através das funcionalidades do mesmo, desde que cada uma execute apenas uma coisa, a menos que sua função seja a de, realmente, se juntar a outras partes para a execução de tarefas complexas.
De qualquer forma, o que fica é: quanto mais robusta for uma aplicação, mais chances ela tem de possuir erros em suas funcionalidades ou demorar muito para ser concluída. A menos, claro, que você aposte nos microsserviços.