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Lock-in: por que empresas precisam ter cuidado com ele?

O aprisionamento tecnológico é um dos riscos que todo CIO precisa temer. Saiba o que é o lock-in e como é possível evitá-lo.
27 de julho de 2022

Com o surgimento de novas tecnologias, como Software as a Service (SaaS) e computação em nuvem, os fornecedores que utilizam práticas de lock-in se tornaram uma das principais preocupações dos gestores que contratam esses serviços.

Nessas circunstâncias, um determinado fornecedor torna um cliente dependente de seus produtos ou serviços, de maneira que ele fica incapaz de usar outro serviços de outro fornecedor sem custos significativos de troca. 

Muitas empresas enfrentam problemas de aprisionamento tecnológico quando decidem desenvolver os seus softwares utilizando as plataformas de low-code, sem atentar para os riscos de incidir em práticas de lock-in. 

Neste artigo, vamos explicar o que caracteriza o fenômeno do lock-in e por que ele é perigoso para empresas que buscam desenvolver os seus aplicativos e softwares personalizados.

Nesse artigo, você irá aprender sobre:

  • O que significa lock-in?
  • Como o lock in funciona na prática?
  • Os riscos do lock-in com empresas low-code
  • O que eu perco caso precise migrar para outro serviço?
  • 6 dicas para evitar o lock-in
  • Vantagens do desenvolvimento de aplicativos sob medida 

O que significa lock-in?

O termo lock-in se refere à situação na qual o consumidor fica dependente de um fornecedor de produtos ou serviços específicos, de modo que ele não consegue trocar de fornecedor ou operar sem ele. 

No mercado de software, isso é bastante comum. As empresas dificultam tanto esse processo de troca que fica quase impossível (ou extremamente caro) para o cliente mudar de solução.

O aprisionamento do fornecedor geralmente resulta de tecnologias proprietárias que são incompatíveis com as dos concorrentes. Além disso, essa dependência também pode ser causada por processos ineficientes ou restrições de contrato, entre outras razões.

Essa situação é bastante comum, por exemplo, em plataformas de low-code para o desenvolvimento de software para empresas. 

Muitas vezes, os fornecedores oferecem um serviço a preços iniciais baixos para atrair o público, mas podem depois arrumar meios para tornar os clientes dependentes da plataforma e aumentar os seus lucros. 

Para isso, eles podem, por exemplo, ganhar com expansão e crescimento orgânico do serviço utilizado, aumentando significativamente os custos de seus serviços.

>> Nao fique preso a um fornecedor, desenvola um software personalizado com a X-Apps

Como o lock-in funciona na prática?

Algumas plataformas de low-code anunciam que, uma vez pronto o software (sistema ou app), o cliente estará livre para mudar de serviço. Mas, na prática, essa mudança se mostra praticamente impossível, em função da dependência tecnológica gerada pela plataforma contratada. Isso porque, em muitos casos, o software é adaptado para um único sistema operacional.

Consequências financeiras da dependência

Além disso, uma vez que uma plataforma é um serviço SaaS, o cliente também fica à mercê de alterações de valores estabelecidos pela empresa fornecedora. Um exemplo disso ocorreu em 2017, quando um desenvolvedor que pagava 25 dólares mensais nos serviços da FireBase teve os seus custos aumentados para 2.000 dólares mensais de um dia para o outro, sem nenhum aviso prévio. Ou seja, ele teve que arcar com um aumento de 7.000%! 

Essas situações acontecem porque os planos geralmente têm limites de usos. Portanto, se o negócio do cliente crescer, o plano e os custos também aumentam, de acordo com o aumento das transações.

Limitações tecnológicas dos aplicativos  

As plataformas que utilizam scripts e linguagens proprietárias para implantar a funcionalidade podem criar obstáculos se uma mudança for necessária no futuro. Até porque quase todas as plataformas de software requerem algum grau de treinamento. 

Portanto, dependendo de sua complexidade, a mudança de uma solução altamente proprietária resultará em um esforço dispendioso de reaprendizagem.

Esse aprisionamento tecnológico e financeiro é péssimo principalmente para empresas que querem fazer produtos digitais mais complexos e bem elaborados.

Imagine que você comece com um projeto de aplicativo pequeno, gastando pouco na plataforma. Porém, com o sucesso de seu app, você decide adicionar funcionalidades mais complexas em seu aplicativo. Nesse caso, a plataforma pode cobrar valores exorbitantes para que você tenha acesso a mais recursos. 

E, além de ficar caro, ela  muito provavelmente não vai dar conta de desenvolver um projeto mais complexo. 

Dificuldade de migração para a nuvem

O medo do lock-in também é frequentemente citado como um grande impedimento para a adoção de serviços em nuvem. As complexidades da migração de serviços na cloud fazem com que muitos clientes permaneçam com um provedor que não atende às suas necessidades, apenas para evitar o processo complicado de mudança.

Falta de compatibilidade entre plataformas

Ao mudar de plataforma, exportar e reimportar projetos também é uma tarefa difícil e tediosa, que requer copiar e colar os códigos, tornando o processo demorado e propenso a erros. 

Além disso, os dados podem ter sido alterados para compatibilidade com o sistema do provedor original. Nesses casos, o que é devolvido ao cliente precisa retornar ao seu estado anterior antes de poder ser movido novamente.

Os riscos do lock-in em empresas low-code

Uma plataforma de desenvolvimento low-code fornece um ambiente que pode ser usado para criar softwares de aplicativo por meio de interfaces gráficas de usuário e configuração, em vez de codificação tradicional baseada em texto.

Isso significa que o seu software não funcionará sem que você pague pelas licenças para utilizar essa plataforma.

A realidade é que, em muitos casos, a promessa de liberdade e flexibilidade para a sua empresa crescer de forma escalável e orgânica não é cumprida pelas plataformas. 

Muitas vezes, os provedores passam a “prender” os seus clientes em cláusulas contratuais e exigências de desenvolvimento que os impedem de migrar de provedor.

Algumas plataformas até permitem que você mantenha a plataforma sem pagar para que possa continuar utilizando-a, mas nesse caso não é mais possível desenvolver aplicações nela. 

Em outros casos, eles admitem que você tenha acesso aos códigos, mas então será preciso fazê-los funcionar novamente em um servidor adequado, o que na prática é quase impossível de realizar. 

Imagine, por exemplo, que uma integração precise ser ajustada, ou que algo esteja errado com os dados da aplicação. Nesses casos, como a sua equipe de gerenciamento poderá intervir? 

Para contornar esses problemas, você provavelmente terá que pagar um valor exorbitante para continuar usando a plataforma, embora raramente precise fazê-lo. Ou terá que arcar com enormes custos para lançar o seu código novamente (se isso for possível).

>> Software personalizado: 5 vantagens para sua empresa

O que eu perco caso precise migrar para outro serviço?

Com muita frequência, os clientes de plataformas de low-code com modelo SaaS (Software as a Service), precisam arcar com custos substanciais para alternar entre diferentes sistemas de software. 

Isso cria uma situação de codependência, forçando-os a continuar usando os produtos e serviços de um determinado fornecedor.

Você pode ficar preso a uma plataforma de várias maneiras, seja por serviços proprietários no nível do aplicativo ou devido ao controle dos direitos de acesso associados. Mas esses não são os únicos problemas. 

Quando você está preso, depende exclusivamente de seu fornecedor para impulsionar a inovação, e a tecnologia utilizada pode ser congelada ou eliminada completamente.

Em alguns casos, a empresa contratante também pode perder informações muito importantes nessa mudança, como informações de cartão de crédito e de login de seus clientes. Além disso, o serviço pode ser simplesmente interrompido, caso a plataforma de low-code pare de funcionar.

A promessa falsa da portabilidade

Apesar de as plataformas divulgarem ser possível escolher a infraestrutura para rodar a aplicação de low code, essa portabilidade geralmente não é possível. 

Portanto, os clientes ficam amarrados àquele fornecedor. Já um aplicativo desenvolvido com código oferece essa liberdade para fazer a portabilidade de sua aplicação para outras infraestruturas.

Além disso, o desenvolvedor pode ficar restrito, seja porque o seu código foi bloqueado, a sua versão ficou desatualizada ou pela necessidade de pagar mais para acessar outras APIs e funcionalidades. 

Outro problema é que a plataforma pode abandonar versões de softwares, obrigando você a reestruturar o seu projeto ou refazer o seu plano de trabalho.

>> Hospedagem de sistemas: quanto custa?

Mulher segurando tablet com cadeado

6 dicas para evitar o lock-in

Embora evitar completamente o aprisionamento tecnológico seja praticamente impossível, ao usar serviços SaaS, alguns cuidados podem ser tomados para ajudar a reduzir a sua gravidade. 

Desse modo, você será capaz de reduzir o impacto de tempo, custo e risco caso decida depois mudar de plataforma ou substituir um serviço.

A melhor maneira de evitar o aprisionamento é escolher o seu fornecedor com muita atenção. A plataforma permite que você execute aplicativos na infraestrutura de sua escolha, seja ela local, privada ou na nuvem? Ela oferece flexibilidade suficiente para permitir que as suas aplicações cresçam de modo escalável, sem que seja preciso arcar com custos exorbitantes depois?

A seguir, apresentaremos algumas dicas para evitar o lock-in de fornecedores.

1) Fique atento às políticas da plataforma 

Leia atentamente as políticas de uso de cada provedor e, se necessário, pergunte diretamente como ele facilita a movimentação dos dados para fora do repositório de armazenamento.

Você precisa saber se os aplicativos criados na plataforma são autônomos ou se precisam de uma assinatura para ser executados. De modo ideal, você deseja criar aplicativos que sejam executados sem dependências da ferramenta, para garantir que funcionem mesmo se você se afastar da plataforma.

2) Saiba como mover os dados

Pergunte ao provedor se ele oferece ferramentas ou serviços de migração de dados para facilitar a movimentação de grandes quantidades de dados. Lembre-se de que o melhor momento para criar uma estratégia de saída é antes de assinar um contrato de serviço inicial com o provedor de serviços escolhido.

3) Atualize antes de migrar

Revise a atualidade de sua tecnologia atual. Se as suas cargas de trabalho de TI forem projetadas para operar em tecnologias legadas, a sua escolha de plataformas de low-code e infraestrutura em nuvem provavelmente será limitada.

Se os seus aplicativos forem compatíveis apenas com um conjunto limitado de tecnologias, convém primeiro considerar atualizar ou retrabalhar partes significativas deles antes de migrar. 

A criação de aplicativos flexíveis e portáteis também ajuda a evitar o aprisionamento deles. Afinal, se você desenvolver um aplicativo essencial para os negócios cuja funcionalidade principal dependa de um recurso específico da plataforma, você acabará preso a esse provedor de serviços.

Além disso, se os seus aplicativos e cargas de trabalho de TI só funcionam com tecnologias legadas que são suportadas por alguns fornecedores de nuvem, os seus requisitos futuros para dimensionar o serviço para uma base de usuários em expansão podem gerar um alto custo financeiro ou desafios técnicos. 

4) Avalie os custos envolvidos

A transferência de dados de um serviço para outro, desde que permaneça com o mesmo fornecedor, geralmente é gratuita. Mas, ao migrar para um serviço concorrente, essa migração geralmente é cobrada de forma excessiva. 

Portanto, avalie esses custos antes de migrar, e considere também  requisitos futuros para dimensionar os serviços em outras plataformas ou em serviços de nuvem.

5) Eduque as partes interessadas

O treinamento e o envolvimento das partes interessadas são essenciais para entender os riscos do lock-in. As equipes de tecnologia devem estar cientes das implicações comerciais de suas escolhas de decisão técnica. 

Uma solução funcional na forma de aplicativos, cargas de trabalho de TI ou arquitetura de computação deve estar alinhada aos requisitos e riscos de negócios.

Vantagens do desenvolvimento de aplicativos sob medida 

A boa notícia é que a sua empresa não precisa ficar à mercê de práticas de lock-in. Até porque um software projetado para evitar o aprisionamento tem características identificáveis, como a portabilidade. 

Uma solução flexível geralmente será construída com uma linguagem de programação que suporte a integração fácil com qualquer software adjacente em seu ambiente. Ela também oferecerá extensões que podem ser codificadas usando linguagens familiares, como JavaScript, CSS ou HTML.

Esses softwares podem ser executados em vários sistemas operacionais, seja na infraestrutura local ou em qualquer provedor de nuvem, para acomodar as necessidades dos negócios em constante mudança. 

A principal vantagem de trabalhar com aplicativos sob medida é a possibilidade de criar uma solução personalizada, que corresponda aos processos, operações e necessidades exclusivas da sua empresa. 

Para escolher a melhor opção de desenvolvimento de aplicações para o seu negócio, é importante contar com a ajuda de uma equipe de especialistas no assunto.

Não fique preso a uma solução low-code! Desenvolva o seu aplicativo com a X-Apps e tenha total domínio do seu software.

Converse com um dos nossos especialistas aqui.

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