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Nossas últimas novidadesGuia definitivo do Low-code: o que é e quando usar?
As plataformas low-code ganham cada vez mais espaço no mercado, e muitos já consideram essa ferramenta o futuro do desenvolvimento de software.
De acordo com a consultoria Gartner, a previsão é que, até 2024, 65% ou mais dos softwares sejam desenvolvidos a partir de plataformas low-code em todo o mundo.
Essas ferramentas prometem maior praticidade na construção do software, facilidade de realizar testes e atualizações de componentes e pouca necessidade de conhecimento técnico. No entanto, será que elas serão realmente capazes de substituir as equipes de desenvolvimento?
Neste artigo, vamos explicar o que é low-code, quando e como ele pode ser usado, bem como as vantagens e desvantagens do low code.
Continue a leitura para aprender:
- - O que é low-code?
- - Como funcionam as plataformas de low-code?
- - O que é possível criar com low-code?
- - Qual a diferença entre low-code e no-code?
- - 6 vantagens do low-code
- - 7 desvantagens do low-code
- - Como escolher a melhor solução para o seu negócio?
O que é low-code?
O low-code é um termo da tecnologia da informação que designa o uso de pouco código na criação de softwares e aplicativos. Com o uso dessas plataformas, qualquer pessoa é capaz de construir esses sistemas, mesmo que não possua habilidade técnica específica na área de desenvolvimento de códigos.
A tecnologia low-code surgiu como uma alternativa ao modo considerado tradicional para o desenvolvimento de aplicações. Por muito tempo, era preciso escrever linhas de código infinitas para cada ação ou elemento que devesse constar no programa.
Porém, esse processo era bastante longo e continha muitos códigos que se repetiam. Além disso, a maioria das empresas sofria com a enorme quantidade de trabalho acumulado e enfrentava dificuldades para contratar profissionais qualificados. Portanto, foi preciso trazer mais agilidade e eficiência para esse processo.
Uma plataforma low-code possibilita criar soluções de forma mais simples, acessível e escalável. Desse modo, ela permite que startups e pequenas empresas com orçamento curto contem com equipes de TI para criar códigos de maneira convencional e consigam desenvolver o seu próprio aplicativo ou sistema web.
>> Leia tambem: Quanto custa desenvolver um aplicativo personalizado?
Desenvolvimento com pouco uso de linhas de código
Hoje em dia, a tecnologia low-code tornou possível fazer um software com pouco ou nenhum código. As plataformas de low-code permitem o desenvolvimento visual de aplicativos por meio de modelagem e uma interface gráfica.
Com esses recursos, os desenvolvedores não precisam fazer a programação manual, acelerando o processo de produção do aplicativo.
A plataforma de low-code fornece componentes prontos para os profissionais utilizá-los em sua aplicação e liberdade para construir novos elementos, se necessário.
Essa tecnologia garante que mesmo profissionais sem formação técnica na área de TI escrevam linhas de código, criando soluções customizáveis, de acordo com a plataforma utilizada.
É possível personalizar o software?
Os recursos de customização das plataformas low-code permitem criar projetos exclusivos para os diversos clientes das empresas, com diferentes níveis de personalização.
Com os templates que são oferecidos nessas plataformas, as bibliotecas de elementos e a facilidade para personalização de interfaces, os usuários podem automatizar tarefas ou fluxos de trabalho, criar aplicativos, integrar sistemas e automatizar o gerenciamento de seus processos.
Como funcionam as plataformas de low-code?
Na prática, o desenvolvimento low-code é proporcionado por plataformas que fazem o design do software. Com essas ferramentas, os usuários com pouco conhecimento de programação podem montar aplicações com rapidez, usando instrumentos visuais e links automatizados para sistemas back-end e front-end, bancos de dados, serviços web ou APIs.
Modelagem visual
O uso de modelos e abordagens visuais permite que pessoas com pouco conhecimento de programação desenvolvam aplicativos de modo mais prático e acessível do que usando código.
Os sistemas de low-code são equipados com recursos de modelagem visual e usam módulos integrados em um dashboard para representar as informações de maneira legível para qualquer pessoa.
Interface de arrastar e soltar
Essas ferramentas possibilitam que os usuários naveguem intuitivamente, arrastando e soltando módulos pré-criados no ambiente visual. Com alguns cliques, eles podem criar uma página com um formulário, e com mais alguns formulários e visualizações eles serão capazes de criar um aplicativo.
>> Leia tambem: Como ter um aplicativo para sua empresa?
O que é possível criar com low-code?
As tecnologias de low-code permitem desenvolver praticamente todos os tipos de soluções em aplicações.
Com uma plataforma low-code, você consegue:
- - Desenvolver sistemas web ou aplicativos mobile personalizados para o seu negócio;
- - Criar um website ou um novo software corporativo;
- - Modernizar sistemas legados;
- - Vincular bancos de dados diferentes.
Qual a diferença entre low-code e no-code?
A diferença entre o desenvolvimento low-code e no-code é que enquanto o primeiro possui pouco uso de código, o no-code permite programar sem escrever nenhuma linha de código.
As ferramentas no-code são bastante parecidas com os programas usados para criar blogs ou outros tipos de páginas. Geralmente, elas oferecem diversos temas prontos e recursos bastante simplificados.
Porém, embora elas sejam vantajosas pela simplificação e pelo ganho de tempo, as possibilidades de personalização são limitadas. Por isso, as plataformas no-code são mais usadas em tarefas de front-end, como montar páginas web.
Caso você queira desenvolver sistemas mais complexos e sofisticados, que tenham processos mais customizados, o low-code é o mais recomendado entre os dois.
6 vantagens do low-code
Como veremos a seguir, uma plataforma low-code traz diversas vantagens, como maior agilidade de desenvolvimento, baixo custo, menor necessidade de conhecimento técnico, automatização dos processos, entre outros benefícios.
1) Baixos custos para iniciar o desenvolvimento
As plataformas oferecem uma série de recursos para facilitar o início do desenvolvimento de aplicações. Caso você não possua uma verba ideal para contratar profissionais altamente qualificados, é possível iniciar projetos com menores custos.
Outra vantagem é que elas oferecem um ótimo Retorno sobre Investimento (ROI) para esses negócios, uma vez que é mais barato investir em um modelo pré-estabelecido do que criar algo do zero.
Porém, esse baixo custo também é relativo, pois as licenças de low-code ficam caras à medida que o projeto vai escalando. Geralmente, as plataformas oferecem baixo custo para o cliente iniciar, mas com a intenção de amarrá-lo. Conforme o projeto cresce e tem mais acessos, o valor vai aumentando.
2) Rapidez na construção do software
Caso você não saiba ou tenha pouco conhecimento de programação, as soluções low-code podem tornar mais rápida a construção de um software em comparação ao desenvolvimento tradicional.
Um time de TI experiente, por exemplo, também pode fazer uso dessas plataformas para a construção de projetos menores e menos complexos.
3) Velocidade de testagem e atualização de componentes
Uma boa plataforma de low-code permite experimentar uma ideia com mais praticidade, em vez de ter que programar códigos complexos, tarefa que intimida os iniciantes.
Graças à interface visual, a plataforma ajuda a criar soluções rapidamente e integrá-las a outras ferramentas já utilizadas até então. Os recursos visuais intuitivos, com fragmentos de código prontos para uso e modelos de formulário e relatórios integrados, possibilitam implementar novos aplicativos rapidamente.
4) Não precisa ser especialista para usar as plataformas
As plataformas low-code podem ser utilizadas por pessoas que não são especialistas em programação ou no desenvolvimento especificamente de back-end, front-end, entre outros.
Isso elimina a barreira que geralmente algumas pessoas têm com a complexidade do código. E por serem mais acessíveis, elas também ajudam a suprir a lacuna de profissionais de TI no mercado.
Porém, embora o uso dessas plataformas possa parecer mais fácil para pessoas que têm medo dos códigos, na verdade o desenvolvimento de aplicativos por meio delas traz os seus próprios desafios, como a dificuldade de gerenciar e manter esses projetos - veremos isso mais abaixo.
5) Maximizam o tempo de equipes de TI
A plataforma low-code pode acelerar a velocidade de desenvolvimento para automatizar tarefas e processos de ponta a ponta. Desse modo, elas ajudam as empresas a superar recursos escassos, acelerando a produtividade e capacitando especialistas de negócios para ajudar na entrega de aplicativos.
Nos fluxos de trabalho, os modelos podem ser usados para desenvolver novos processos rapidamente, enquanto as variáveis e o controle de fluxo facilitam o gerenciamento de dados entre plataformas.
Além disso, as integrações pré-construídas e a acessibilidade das APIs possibilitam automatizar qualquer processo de negócios digital.
Outra das vantagens do low-code é que a maioria dessas plataformas são executadas na nuvem, o que também automatiza a maioria dos processos enquanto itera a aplicação.
7 desvantagens do low-code
Os discursos de vendas das ferramentas de desenvolvimento de low-code são bastante atraentes: com alguns cliques, os não programadores podem criar um aplicativo simples em um piscar de olhos.
De fato, as ferramentas de low-code são projetadas para serem mais simples e fáceis de adotar e entender. Porém, essas promessas são mais fáceis de fazer do que de cumprir. Como veremos a seguir, as desvantagens do low code também precisam ser consideradas.
Embora as empresas que usam low-code relatem um progresso considerável em direção às metas de transformação digital, 31% delas não usaram essa plataforma para construir e entregar qualquer uma das suas aplicações de maior valor, segundo a pesquisa da Forrester.
Além disso, ainda que essas ferramentas realmente facilitem o trabalho de desenvolvimento, essa melhoria vem com a responsabilidade de gerenciar e manter essas aplicações.
Às vezes, pode ser quase tão trabalhoso dominar essa plataforma e encontrar a melhor maneira de gerenciá-la e resolver os seus problemas quanto construir um código do zero. Até porque, com o low-code, o usuário tem acesso a muito menos recursos.
1) Ainda é necessário ter conhecimentos nas plataformas utilizadas
Uma vez que ainda há código, os usuários precisam saber minimamente sobre programação e ter uma noção básica de como os computadores funcionam para dominar a plataforma. As ferramentas lidam com muitas das tarefas, mas não podem escapar dos limites conceituais fundamentais do ambiente de computação atual.
Portanto, embora a plataforma low-code tenha uma interface amigável e a programação seja relativamente fácil, ainda é preciso ter conhecimento técnico em desenvolvimento ou contar com o auxílio de um parceiro experiente.
Por exemplo, vamos supor que um citizen developer resolva aprender low-code. Ele vai gastar horas fazendo, errando e aprendendo, até finalmente conseguir fazer um aplicativo. Muito tempo e investimento serão necessários nessa tarefa.
Por outro lado, se ele tivesse procurado uma empresa de desenvolvimento, que tem profissionais especializados e processos consolidados, teria um resultado muito melhor, em muito menos tempo, por um custo muito menor.
Até porque não se trata apenas de contar com uma ferramenta amigável, é preciso ter uma série de conhecimentos sobre análise de sistemas e outras áreas para ter um resultado final realmente satisfatório.
2) Seu software fica na mão de outra empresa e está suscetível a oscilações dessa plataforma
Plataformas de low-code trabalham com modelo SaaS (software as a service), como uma assinatura para permitir o uso. O complicado é que os custos de um determinado plano, por exemplo, podem aumentar. Além disso, a plataforma pode abandonar versões de softwares, obrigando você a reestruturar o seu projeto ou refazer o seu plano de trabalho.
3) Pode ficar caro à medida que a empresa for crescendo
No modelo SaaS (Software as a Service) de cobrança, os planos geralmente têm limites de usos. Para atrair novos clientes, as plataformas oferecem valores de entrada bastante atraentes para que os usuários comecem a usar o serviço.
O problema é que os custos de um determinado plano podem aumentar consideravelmente. Se o negócio crescer ou passar a utilizar mais recursos do fornecedor, o plano e os custos também aumentam. Além disso, a plataforma pode abandonar versões, obrigando você a readaptar o seu trabalho e a refazer o seu aplicativo.
Por exemplo, uma empresa pode gastar 25 dólares para iniciar o desenvolvimento em uma plataforma, mas de repente, por usar apenas um serviço a mais, esse valor pode subir para milhares de dólares. Portanto, se o usuário não tomar cuidado, ele pode acabar tendo um gasto absurdo.
Basta pesquisar nas páginas com depoimentos de usuários que você não terá dificuldades para encontrar casos de pessoas que tiveram acréscimos exorbitantes, de até 7.000%, mesmo sem que o número de usuários de sua empresa tivesse crescido tanto. E geralmente a estratégia é justamente essa, facilitar a entrada do cliente na plataforma, para depois aprisioná-lo nela.
4) Seu software será parecido com o da concorrência
Apesar de o low-code proporcionar algumas personalizações, elas são limitadas e semelhantes para todos que usarem a plataforma. Personalizações mais específicas vão necessitar da intervenção de um desenvolvedor, além do uso de outra plataforma que permita tais alterações.
5) Problemas de cibersegurança
O desenvolvimento de aplicativos com pouco código pode apresentar riscos de segurança, como vazamento de dados e acesso não autorizado à funcionalidade do aplicativo. Uma vez que o usuário da plataforma não é um desenvolvedor especializado, ele provavelmente não possui também a experiência necessária em segurança.
6) O aprisionamento tecnológico
A escolha do fornecedor pode levar ao aprisionamento tecnológico, criando assim uma codependência. Ao criar o aplicativo, a plataforma gera um código proprietário ou exige uma assinatura para liberar a sua execução.
O problema é que é muito difícil fazer a portabilidade dessa aplicação para outras plataformas, e portanto você fica amarrado àquele fornecedor e tem que conviver com algumas limitações. Você até consegue exportar os dados e metadados, mas não pegar uma aplicação e rodá-la em outro ambiente.
Já um aplicativo desenvolvido com código oferece essa liberdade para fazer a portabilidade de sua aplicação para outras infraestruturas.
7) Limites de software
Além disso, embora o low code possa ser integrado a um grande número de sistemas, ele não é compatível com softwares mais complexos e sofisticados.
Diante desses limites, o desenvolvedor pode ficar restrito, seja porque o seu código foi bloqueado, a sua versão ficou desatualizada ou pela necessidade de pagar mais para acessar outras funcionalidades e APIs.
Além disso, quando o sistema é mais complexo, o low-code esbarra nos limites disponíveis da plataforma. Em função disso, é provável encontrar bugs, falhas e inconsistências nas aplicações.
Como escolher a melhor solução para o seu negócio?
A melhor solução depende do tamanho da empresa e dos objetivos de negócios dela. Isso porque as plataformas low-code podem ser uma mão na roda para pequenas empresas e startups iniciantes, por desenvolverem softwares de maneira mais rápida e com menos custo.
Porém, para projetos maiores e mais complexos, essa plataforma pode apresentar uma diversidade de problemas em médio e longo prazo: o desenvolvimento fica caro, o software fica suscetível às oscilações da plataforma e bugs serão encontrados.
Além disso, para os casos de projetos mais complexos, esses problemas acabam se tornando um risco para o sucesso e a continuação do negócio.
Conclusão
Portanto, ao construir aplicativos low code, você deve tomar cuidado para garantir que as funcionalidades atendam aos requisitos da sua empresa.
Esse cuidado é importante principalmente se você não tem uma equipe de desenvolvedores especializados para detectar e corrigir erros comuns que costumam ser cometidos no design de software.
O low-code tem uma promessa interessante, um apelo que é legal, assim como o Wix para o desenvolvimento de sites em html.
Porém, se você comparar a qualidade de um trabalho desenvolvido por uma pessoa leiga com aquele feito por um profissional especializado, que sabe programar e usar as tecnologias mais avançadas, certamente o resultado do segundo será muito melhor.
Isso porque um profissional especializado tem mais habilidades, estratégias e experiência, e por isso ele consegue entregar um trabalho mais eficiente, rápido e mais barato do que um usuário comum.
Para escolher a melhor opção de desenvolvimento de aplicações para a sua empresa, é importante contar com a ajuda de uma equipe de especialistas no assunto.
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